domingo, 12 de outubro de 2014

Ready? Go!

Então,
pensando em tudo isso, e acreditando sinceramente que a Ritalina iria resolver apenas temporária e superficialmente o meu problema,
decidi optar pelo caminho mais difícil:
disciplinar a mim mesma. Assumir o controle e a responsabilidade do meu aprendizado.
Acredito que sou capaz.
Acredito que se eu me munir de estratégias, é possível sim, produzir mais enquanto estou estudando.

Não vai ser fácil de forma alguma. Tenho hábitos terríveis.
Quando tô desconcentrada olho o facebook e o whatsapp a cada 20 min e isso só reforça a minha desconcentração.
Não vai ser fácil porque, como qualquer ser humano, tenho problemas pessoais e eles intereferem nos estudos. Ou vc acha que existe ser humano robô?

Portanto, meu plano é estabelecer metas diárias para o estudo e ao fim do dia dizer aqui se as cumpri ou não. Também vou relatar que estratégias foram essas e quais os principais obstáculos.

Mãos à obra! 71 dias começando agora!

E se... (parte II)

Então, será mesmo que usar um medicamento (que como qualquer outro, possui efeitos adversos, e neste caso, a dependência química) é a solução para o meu problema?
E se ao final do período eu realmente conseguir notas melhores e for aprovada, será que vou me sentir merecedora disto? Será que vou querer usar sempre?
Afinal de contas, eu terei usado uma droga para eliminar uma falha que me acompanha desde muito pequena: a dificuldade de concentração.
E eu sou assim mesmo, sabe? Gosto de voar, de pensar e abstrair. Sempre me achei um tanto 'espacial', deve ser por isso que amo aliens... Quantas poesias já fiz, quando estava "estudando"...
Mas no momento, reconheço que não posso me dar a esse luxo.
E vou explicar por quê.

Bom, eu estou cursando o 6º período da faculdade de Medicina da UFAL.
Não é apenas mais um período. É 'O' período.
Aquele cuja fama percorre todas as bocas, em todas as turmas: "é o pior". "O mais difícil". "O que tem maior número de reprovações", etc e tal.
Já passei pelo primeiro módulo e posso dizer: é tudo verdade.
Semana passada foi a semana de provas e eu perdi as contas de quantas vezes chorei, assim do nada. Estava muito instável emocionalmente, sem poder dormir (fiquei 1 semana dormindo no máximo 3 horas por noite e já estava há 1 mês dormindo mal). Várias vezes me senti incompetente, desesperançada, com vontade de desistir. Vontade mesmo. De largar tudo. De fugir dos livros, da rotina.
Foi uma das piores semanas da minha vida. Com certeza a mais longa.
Foi o mais perto que cheguei da depressão.

Não acho que esse tipo de formação médica é bom para o aprendizado do aluno. Pelo contrário. Tenho certeza que 90% das coisas que estudei não vou me lembrar mais daqui a pouco.
E isso te deixa ainda mais desmotivado, quando você se pega esquecendo de algo que deveria lembrar...




E se... (parte I)

Recentemente uma vontade estranha vinha ganhando cada vez mais força em mim: o desejo de usar ritalina.
Já ouvi falar tanto dessa droga! Uma amiga relatou que a usou para prestar o vestibular de medicina e foi quase um milagre! Seu poder de concentração melhorou tanto, que em um mês de uso, ela progrediu 20 pontos no simulado.
Fiquei entusiasmada, quero muito ser uma pessoa mais focada. Quero sentar na cadeira e fixar o pensamento unica e exclusivamente naquilo que estou estudando. Talvez assim poderia organizar melhor meu tempo, estudar e até dormir uma quantidade de horas satisfatória, e mais importante... ser aprovada nesse período! Ah que maravilha! Soa perfeito.
Será mesmo?

O objetivo

Olá?
Inicio este blog com a finalidade de motivar a mim mesma a conquistar meu objetivo:

Estudar o máximo que eu puder neste bimestre e ser aprovada SEM USAR NENHUM MEDICAMENTO.

Faltam 71 dias para a última prova desse semestre (prova final do eixo de Saúde do Adulto e do Idoso), então por isso chamei de desafio dos 71 dias. No entanto, espero que eu não precise chegar à prova final!!

Vou fazer um post que explica com mais detalhes o porquê de tudo isso.